Estratégias de Otimização para E-Commerce
Gestor de Marketing | Autor do Artigo
O comércio eletrónico está a crescer cada vez mais em Portugal, quer no número de consumidores quer no montante gasto em compras online.
Segundo o relatório We Are Social 2020 da Hootsuite, 88% dos portugueses utilizadores de internet entre os 16 e os 64 anos pesquisaram online por um produto ou serviço para comprar. Adicionalmente, 65% das pessoas já comprou um produto online – 43% via computador e 33% via mobile.
As indústrias onde se verificaram maiores investimentos por parte dos consumidores foram, respetivamente, a da moda e beleza, eletrónica e restauração.
No território nacional, aqueles que realizam mais compras online são indivíduos do género masculino, têm entre 25 e 34 anos e enquadram-se na classe alta e média (AB).
Em média, o shopper online faz 5 compras online por ano e o gasto médio online nos últimos 12 meses foi de 606€.
A pandemia da COVID-19 criou inúmeros desafios aos negócios dos mais diversos setores.
As alterações de consumo provocadas pelas políticas de confinamento e restrições à circulação levaram a que muitas empresas deixassem os seus modelos tradicionais assentes exclusivamente em lojas brick and mortar e começassem a dar os primeiros passos no mundo do e-commerce, adotando modelos click and mortar ou até mesmo totalmente digitais.
Posto isto, vamos agora olhar para algumas estratégias de otimização de páginas de venda de produto, com o intuito de se aumentarem taxas de conversão e se diminuir bounce rates.
Neste artigo poderás encontrar informações relacionadas com os seguintes tópicos:
Primeiro que tudo, e antes de passarmos para as páginas de produto, devemos certificar-nos de que o título e metadescrição das nossas páginas são apresentadas corretamente e de forma atrativa nos motores de busca.
O objetivo aqui passa por fazer com que as pessoas consigam rapidamente perceber qual a proposta de valor da empresa e o porquê de deverem clicar no resultado do seu site e não no do concorrente.
Deve estar descrito de forma clara qual é o produto que os visitantes poderão encontrar na página, quais os seus principais benefícios e a quem se destina.
É, ainda, importante que se introduza as keywords principais quer na title tag quer na meta-description.
Estratégias de SEO podem ser um dos principais geradores de tráfego para uma loja online. Por isso, garante que investes algum do teu tempo nesta vertente do marketing digital.
Para ficares a conhecer algumas das ferramentas que te podem ajudar neste processo, visita esta minha página.
Segundo a AB Tasty, 55% das pessoas passam menos de 15 segundos num website.
Isto mostra bem o quão importante é conseguir montar uma página de produto com os elementos certos, com o intuito de conseguir captar o interesse dos visitantes num curto espaço de tempo.
Deste modo, quando construímos uma página de produto é fundamental que se apresente, de forma rápida e clara, as principais informações sobre o produto – tal como imagens, descrições, preço, número de unidades disponíveis, entre outros.
Adicionalmente, segundo um estudo de eye tracking realizado pela Eyequant, o canto superior esquerdo é a zona da página para a qual os visitantes olham mal entram numa página.
Posto isto, é então recomendado que apresentes os elementos chave da tua proposta de valor nesta parte da página.
No caso de estarmos perante um produto como um relógio ou camisola, é recomendado que se apresente, nesta parte superior esquerda, uma imagem desse produto. Já no caso de estarmos perante um bem de compra maioritariamente funcional, será mais vantajoso apresentar as suas especificações técnicas neste canto esquerdo.
Apresento-te agora algumas recomendações adicionais relativamente a elementos nas páginas de produto, que poderão melhorar a experiência de compra do cliente e, consequentemente, a aumentar a probabilidade de conversão numa compra online:
Esta estratégia é crítica para o sucesso de um negócio online.
Apresentar testemunhos de clientes que partilhem as suas experiências positivas com a marca é importante para gerar confiança.
Na verdade, segundo a Broadly, os consumidores confiam cada vez mais nas reviews online ao ponto de 87% dos consumidores considerarem não comprar um produto que tenha menos do que 3 estrelas em 5.
Estas reviews poderão advir tanto do próprio website como de influenciadores.
Algo recomendado é permitir que os clientes possam, não só deixar a sua opinião escrita sobre o produto, como também complementá-la com uma foto ou vídeo a usar esse mesmo produto – isso vai permitir não só que esta review seja mais credível, como vai permitir que se construa mais facilmente aquilo que é apelidado como social proof.
A zona de pagamentos de uma plataforma e-Commerce é fundamental.
Segundo a HiPay, esta é a fase onde 69% dos clientes abandonam a compra.
Esta deve ser adaptada tendo em conta os países para onde vivemos e os métodos de pagamento preferidos pelo nosso público-alvo.
Em Portugal, alguns dos principais drivers da compra online estão associados à segurança nas transações e à diversidade das formas de pagamento.
O Relatório e-Commerce de O Observador Cetelem 2019, indica-nos as formas de pagamento online preferidas pelos portugueses. Estas são, respetivamente, referência multibanco, transferência bancária, pagamento no ato da entrega, cartão de débito e cartão de crédito.
No entanto, as empresas não devem desprezar sistemas de pagamento como paypal e mbway, que tendem em ganhar cada vez mais fãs ano após ano no território nacional.
Nesta secção de pagamento, é recomendado que se apresente um design simples e com o logo da empresa bem visível, procurando sempre transmitir confiança neste processo decisivo.
A última estratégia que vos recomendo prende-se com a otimização da experiência de navegação dos utilizadores.
No processo de construção das páginas de produto, devemos procurar ao máximo eliminar potenciais distrações.
Para além disso, é fulcral que se consiga otimizar os tempos de carregamento do website e se otimize a plataforma para mobile.
Esta otimização para os dispositivos móveis é imperial. A Google diz-nos que cerca de 60% dos usuários tende em abandonar uma página web caso esta não ofereça uma boa experiência móvel. O segredo está em disponibilizar campos de pesquisa bem visíveis, destacar muito bem os CTAs e não deixar que anúncios ou até mesmo promoções comprometam a navegação ao dominar a página inteira.
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