Voice Search Marketing: Como Otimizar para Assistentes Virtuais
Pesquisas por voz são uma das tendências que poderão impactar, de forma mais significativa, a jornada de compra dos consumidores na próxima década.
No ecossistema do marketing digital, o conceito “voice search” surge como uma das maiores transformações que estão a acontecer, algo que influenciará, certamente, a forma como as empresas trabalham as estratégias de search engine marketing e o seu branding.
A era da voz e dos assistentes virtuais aproxima-se e os teclados são, aos poucos, substituídos por comandos de voz.
Estamos, verdadeiramente, perante uma mudança de paradigma na forma como os indivíduos realizam as suas pesquisas online – assistindo-se a uma transição da pesquisa escrita para a voz.
Na verdade, estudos comportamentais recentes da Gartner (2020) – “Gartner Consumer Pandemic Attitudes and Behaviors Survey in 2020” – indicam que já cerca de 40% dos indivíduos utilizam assistentes de voz nos seus smartphones e 26% utilizam dispositivos inteligentes, pelo menos uma vez por semana.
O crescimento do voice search muito se deve à sua conveniência.
Segundo um inquérito realizado pela Perficient, os principais motivos pelos quais as pessoas utilizam comandos de voz prende-se com o facto da voz se ter estabelecido como a forma mais rápida e cómoda de se obter uma resposta a uma determinada pergunta.
Para além disto, as pesquisas por voz são também elas potenciadas pelo facto das tecnologias de voz estarem cada vez mais otimizadas.
As tecnologias de processamento de linguagem – Natural Language Processing (NLP) – têm vindo a sofrer melhorias significativas ao longo dos últimos anos, permitindo aos assistentes de voz detetar, com muito mais precisão, aquilo que os consumidores dizem e oferecer, consequentemente, respostas mais adequadas às dúvidas dos utilizadores.
De acordo com Rehkopf (2019), a margem de erro deste tipo de tecnologias de reconhecimento de voz desceu – nos últimos anos – dos 30% para os 5,9%.
Mas afinal o que quer dizer o conceito “voice search“?
Voice search – ou pesquisas por voz – é o termo atribuído ao contexto em que uma pessoa utiliza comandos de voz para realizar uma pesquisa num assistente virtual ou motor de busca.
Os assistentes digitais, para além de permitirem aos consumidores encontrar respostas para as suas dúvidas na internet, possibilitam também o controlo de dispositivos inteligentes através da voz.
Assistentes virtuais como a Apple’s Siri, Google Assistant, Amazon’s Alexa, Microsoft’s Cortana e Samsung’s Bixby são os principais protagonistas no ecossistema das pesquisas por voz.
São compostos por um conjunto de tecnologias assentes em natural language processing, natural language understanding, inteligência artificial e machine learning que, associados a complexos algoritmos, vão permitir dar respostas rápidas, realizar recomendações personalizadas e até realizar previsões de comportamentos.
Estes assistentes podem ser encontrados em diferentes dispositivos inteligentes, tal como smartphones, colunas, televisões, carros, entre outros.
As pesquisas por voz vieram provocar uma verdadeira revolução na forma como os consumidores chegam até ao conteúdo das empresas.
Existem, efetivamente, muitos desafios aos quais os marketers, gestores e empresas têm de conseguir dar resposta.
Estas são as três maiores transformações inerentes ao voice search:
A forma como as pessoas realizam pesquisas por voz contrasta bastante das tradicionais perguntas realizadas via texto.
Estas são algumas das principais características associadas às pesquisas por voz:
Otimizar para voz implica que se apliquem um conjunto de estratégias de otimização que vão muito além do motor de busca da Google.
O ecossistema de voice search não está – ainda – monopolizado, pelo que é importante desenvolver uma estratégia integrada para os diferentes assistentes digitais e tecnologias de voz disponíveis no mercado de voz.
Embora os assistentes digitais partilhem de características semelhantes, existem várias diferenças entre eles, sobretudo no que diz respeito às fontes de informação onde vão encontrar respostas às perguntas colocadas pelos utilizadores.
A Alexa e a Cortana oferecem respostas, maioritariamente, a partir dos resultados do Bing, enquanto que a Google Assistant e a Siri são alimentadas pelo motor de busca da Google.
Para além disso, as marcas devem ter também em consideração que, no caso de ocorrerem pesquisas com base em localização, a Google Assistant sugere informação proveniente do Google My Business.
Já os assistentes virtuais da Amazon, Apple e Microsoft vão retirar grande parte destes dados ao Yelp, TripAdvisor e Bing Maps.
Surgem, assim, diversas plataformas que ganham uma importância bem mais significativa e que não devem ser ignoradas pelos marketers.
Deste modo, focar os esforços de marketing apenas nas soluções/tecnologias da Google, implica estar a perder uma significativa fatia de mercado e uma grande quantidade de tráfego direcionado para o conteúdo da empresa.
Talvez o principal desafio para os gestores e marketers esteja relacionado com a quantidade de resultados que são apresentados numa pesquisa que ocorre por voz – muito inferior aos que são apresentados por via text search.
Os resultados dispostos no contexto de pesquisa por voz estão longe da apresentação tradicional dos 10 links azuis de resultados na SERP, isto porque são os próprios assistentes digitais responsáveis por selecionar a resposta mais conveniente à questão colocada pelo utilizador.
Em termos práticos, quando alguém realiza uma pesquisa por voz numa coluna inteligente ou num dispositivo com uma assistente incorporada – tal como a Google Assistant – é lido em voz alta apenas 1 dos resultados da SERP (quase sempre proveniente de um dos websites com melhor classificação).
Já a Siri funciona de forma ligeiramente diferente. Quando uma pessoa faz uma pesquisa, por exemplo, num iPhone ou num MacBook, a assistente da Apple apresenta os 3 websites mais relevantes para o utilizador.
Nas respostas dadas pelos assistentes virtuais, 80% dos resultados são
provenientes dos 3 primeiros resultados orgânicos e 70% provenientes
de SERP features como featured snippets, knowledge panels ou knowledge cards (SEMRush, 2019).
Os marketers e especialistas em search engine marketing têm à sua disposição um conjunto variado de técnicas que podem adotar para fortalecer a sua presença no mundo das pesquisas por voz.
Estas são algumas das principais estratégias de voice SEO:
Descobre mais sobre como otimizar para assistentes virtuais no seguinte vídeo:
Apresentei-te, anteriormente, um conjunto de estratégias de Voice SEO, que correspondem a otimizações on-page, off-page e técnicas no website ou landing page, com o intuito de preparar os seus conteúdos para os assistentes virtuais.
No entanto, existem outras práticas adicionais que vão contribuir para o fortalecimento de uma robusta estratégia para assistentes virtuais.
O seguinte framework/diagrama clarificara forma como as empresas poderão vir a desenvolver uma estratégia integrada de voice search marketing.
Este framework assenta em 3 grandes dimensões:
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