O real impacto da inteligência artificial no marketing digital e e-Commerce.
Especialista em Marketing Digital | Autor do Artigo
AI Marketing é indiscutivelmente o grande chavão do momento.
É impossível entrar em sites de notícias, redes sociais ou até mesmo eventos sem ouvir falar de ChatGPT, OpenAI, Bard, Midjourney e tantas outras tecnologias alimentadas por Inteligência Artificial, Machine Learning e Generative AI.
Mas estarão as empresas realmente a aproveitar todas as capacidades da inteligência artificial ou estamos simplesmente a assistir a um AI FOMO?
Este buzz da inteligência artificial explodiu nos últimos dois/três anos quando começámos a perceber que estas máquinas também são capazes de replicar aquilo que são as características humanas cientificamente associadas ao nosso lado direito do cérebro: criatividade, intuição e imaginação.
A verdade é que a inteligência artificial tem entrado nas nossas rotinas sem dar-mos sequer conta disso… muito antes da loucura com o ChatGPT.
Ferramentas como o Waze utilizam ferramentas preditivas quando estás a sair de casa, capazes de te sugerir os caminhos mais rápidos.
Já para não falar dos algoritmos das redes sociais, dos motores de busca ou dos simples aspiradores robot que limpam a nossa casa de forma autónoma.
Algumas destas tecnologias existem já há mais de uma década!
E no marketing? Como é que a inteligência artificial tem ajudado os marketers?
Compra de espaços publicitários de forma mais eficiente, chatbots inteligentes, recomendações personalizadas de produtos em marketplaces… e, ultimamente, criação de conteúdo, copywriting e até produção de peças criativas.
Neste artigo vamos olhar para a revolução da inteligência artificial e consequentes transformações no ecossistema do marketing digital e e-Commerce.
Apertem os cintos.
Diariamente assistimos a publicações sobre como é que o ChatGPT pode escrever artigos por ti, como é que o Midjourney consegue produzir imagens deslumbrantes ou como é possível editar vídeos em poucos segundos com o Vidyo.ai.
No entanto, à semelhança do que acontece com outros trending topics, os marketers tendem em olhar demasiado para o umbigo (como estas tecnologias os podem beneficiar) e muito pouco para o cliente.
As empresas aparentam estar a recorrer a AI como um simples meio para automatizar processos, aumentar eficiência dos meios produtivos e até como substituto à geração de ideias…
Mas pouco se fala na forma como é possível utilizar estas tecnologias com o objetivo de gerar valor para o cliente.
Inteligência artificial no marketing é muito (mas mesmo muito) mais do que pedir ao ChatGPT para escrever uma newsletter por nós ou ao Dall-E para nos preparar uma imagem engraçada para publicar nas redes sociais da nossa empresa.
Olhemos para dois casos reais de empresas nacionais exemplares na adoção de tecnologias de inteligência artificial.
O Ministério da Justiça encontra-se neste momento a testar, numa versão beta, a incorporação de tecnologia de ChatGPT numa das páginas do seu site.
Apelidado como o “Guia Prático da Justiça“, esta foi uma solução desenvolvida com base no modelo de linguagem GPT 3.5 da OpenAI e com o apoio da Microsoft.
Permite aos cidadãos esclarecer as suas dúvidas sem ser necessário estar à procura de respostas às suas dores em páginas informacionais ou áreas de FAQs.
O chatbot inteligente é capaz de responder de forma imediata a perguntas relacionadas com justiça familiar, casamentos e divórcios, de forma semelhante ao ChatGPT.
E é precisamente através de APIs do ChatGPT ou do Azure OpenAI Service que vamos conseguir incorporar estas tecnologias nos nossos próprios websites e impulsionar a experiência digital do cliente.
As empresas podem alimentar e treinar estes modelos de linguagem com a sua própria documentação, permitindo que estes chatbots consigam dar respostas adaptadas à realidade do negócio.
Na Worten os dados funcionam como uma verdadeira bússola na tomada de decisões, impulsionados por poderosas ferramentas de inteligência artificial que ajudam as equipas a trabalhar a pegada digital do cliente e a trazer-lhes valor rapidamente.
Uma das áreas com maior predominância de inteligência artificial no site da Worten é a barra de pesquisa interna.
Este é um dos elementos pilar da navegação de um e-Commerce, sobretudo para retalhistas com tantas categorias de produto.
Sabias que mais de 40% dos visitantes de retalhistas online vão diretamente à barra de pesquisa?
E este é um consumidor altamente qualificado, tendo em conta que sabe exatamente aquilo que procura. Na verdade, visitantes que pesquisam internamente têm 2.3x mais propensão para converter do que aqueles que não o fazem.
E num e-Commerce visitado por milhões de pessoas anualmente é óbvio que os consumidores não querem todos encontrar os mesmos produtos – até mesmo quando pesquisam exatamente pelas mesmas keywords.
Atentas a esta oportunidade, equipas de CRO trabalham diariamente um poderoso algoritmo de AI capaz de apresentar resultados personalizados de pesquisa a cada consumidor.
Nestas pesquisas internas podem ser cruzados dados como compras anteriores, afinidades com marcas, histórico de páginas visitadas, valor de carrinhos médios anteriores e outros sinais configurados no algoritmo.
Na prática, quem procura por “smartphone” dentro do site pode estar a ver uma lista de produtos bem diferente de uma outra que pesquisa exatamente pela mesma palavra-chave.
Uma das áreas onde a inteligência artificial é capaz de trazer imenso valor ao cliente é em lojas online e marketplaces.
A utilização de algumas destas tecnologias nos maiores e-Commerces do mundo não é novidade.
No entanto, a democratização da AI potenciou e escalou a incorporação destes algoritmos capazes de contribuir para melhores experiências de compras online.
Destaco as áreas principais da aplicação de AI em e-Commerce:
1. Customer Centric Search
Como vimos anteriormente no exemplo da Worten, a barra de pesquisa interna assume-se como um pilar na navegação dentro de um site.
E a inteligência artificial aplicada a search interno vai permitir tornar os resultados destas pesquisas mais relevantes e ultra-personalizados, cruzando dezenas, centenas ou até milhares de sinais configurados no seu algoritmo.
A personalização é uma realidade numa metodologia de customer- centric search, possibilitando que duas ou mais pessoas encontrem resultados distintos, mesmo que pesquisem pela mesma palavra-chave.
Cada uma encontrará os produtos que são mais relevantes tendo em conta o seu histórico comportamental no site, preferências e compras passadas.
Nesta área de pesquisas internas, a Algolia é a ferramenta de inteligência artificial que mais se destaca.
Após conectares a sua Search API ao teu eCommerce, podes potenciar a experiência de pesquisa através de compreensão semântica, ranking dinâmico de resultados conforme tendências de procura, personalização com base em inúmeros atributos e muito mais.
2. Chatbots for Customer Service
Muito à semelhança do que o Ministério da Justiça fez, a inteligência artificial pode ser um impulsionador da experiência digital de um cliente num website ou aplicação.
Se no passado os clientes tinham necessariamente de andar à procura de respostas às suas questões pelas páginas de um website, os chatbots inteligentes, através de uma linguagem conversacional, prometem facilitar – e muito – esta etapa na jornada do cliente.
Assumem-se como uma verdadeira força de vendas neste touch point digital.
Mesmo os websites que já tenham os tradicionais chatbots (Rule-based chatbots) onde o developer configura toda uma árvore de possíveis interações com o visitante, isto é algo que ficará em breve obsoleto.
Aqui existem outras alternativas ao ChatGPT, incluindo o Lyro AI, Dante AI ou até mesmo o Zapier.
3. Recomendações Inteligentes
A personalização é um dos principais impulsionadores dos principais KPIs num e-Commerce.
Recomendações inteligentes de produtos potenciam métricas como pageviews, conversion rates e order value.
Quando olhamos para números, experiências personalizadas de navegação num e-commerce potenciam as vendas em cerca de 30%.
As ferramentas de inteligência artificial vão permitir que incorpores módulos no teu site que apresentem produtos baseado em fatores como histórico de encomendas, afinidade a uma determinada marca, sazonalidade, tendências, best sellers numa categoria e muitos outros fatores.
A Rich Relevance e Clerk IO são as ferramentas de AI Marketing que mais se destacam neste tipo de personalização.
Os seus avançados algoritmos de inteligência artificial são altamente facilitadores de estratégias de cross-sell e upsell.
Serás capaz de aumentar o valor do carrinho médio de compra com dezenas de prebuilt lógicas de recomendação inteligente de produtos, incluindo best sellers, a produtos quentes, histórico de encomenda do cliente, produtos populares na categoria, artigos mais vistos nos últimos dias e muito mais.
4. Geração de Imagens de Produto
Um dos principais fatores de conversão de uma página de produto num e-Commerce são as imagens.
Mas nem sempre é possível ter várias fotografias de um determinado produto, dada falta de orçamento para sessões fotográficas de produtos, limitações de tempo ou sites com muitos produtos.
O mesmo se aplica a retalhistas e marketplaces cujos sellers enviem imagens com muito pouca qualidade ou com o simples fundo branco.
E é aqui onde a inteligência artificial entra em ação, com ferramentas que te possibilitam gerar imagens de produto deslumbrantes com simples prompts de texto.
O Photoshop é o rei neste mundo de AI Generativa para eCommerce, com a sua tecnologia Generative Fill que te permite embelezar e gerar backgrounds incríveis para diferentes tipos de produto.
5. Descrições de Produto
A par das imagens, as descrições de produto são um fator muito importante para as taxas de conversão (CRO Marketing) e também para a performance dos produtos em canais de marketing como SEO e Google Shopping.
E um dos principais erros em e-Commerces é fazer copy paste de descrições enviadas por fornecedores.
E isto é muito frequente em lojas online com muitos produtos: alimentar as descrições das páginas de produto com o texto enviado pelo fornecedor.
Mas qual o problema? Nós não somos assim tão especiais… e o fornecedor envia essas mesmas descrições não só para nós como também para os nossos concorrentes.
E isto pode vir a ser uma verdadeira dor de cabeça para SEO, já que a Google vai olhar para isto como conteúdo duplicado, o que pode vir a penalizar a performance do nosso site em Google.
Mas estar a personalizar as descrições de centenas, milhares ou até mesmo milhões de descrições manualmente é exaustivo e quase impossível.
E é aqui onde, mais uma vez, ferramentas como ChatGPT, Jasper ou Copy.AI.
Com alguns inputs relacionados com o nome do produto, top features, tom de voz, keywords importantes e número de caracteres que idealizamos, vai ser possível escalar o número de descrições de produto relevantes.
6. Virtual Try-On
Duas das indústrias onde se começa a assistir aos primeiros grandes use cases de AI generativa aplicada a experiências online de compra é a beleza e moda.
E se eu vos disse-se que nos aproximamos de uma era onde nós vamos ser os nossos próprios modelos em shopping online?
Existe um conceito chamado Virtual Try-On (VTO): uma tecnologia capaz de criar representações virtuais de peças de vestuário sobrepostas em fotografias de pessoas.
Isto permite que os clientes possam experimentar produtos nos seus próprios corpos e ver como a roupa lhes vai ficar antes de comprarem.
Isto faz com que se abandone a lógica de ter websites com modelos aleatórios para passarmos a ser os principais protagonistas dos eCommerces das nossas marcas favoritas.
E para além de proporcionar esta experiência de shopping ainda mais individualizada, as marcas vão beneficiar com uma diminuição do número de devoluções e diminuição dos custos em sessões fotográficas.
Era inevitável falar de inteligência artificial no marketing sem dedicar um capítulo inteiramente exclusivo a Content Marketing.
É, provavelmente, a área que mais te entusiasma nesta euforia do AI Marketing.
Por outro lado, é também aquela que maior FOMO gera junto dos marketeers. Isto porque todos os dias saem novas ferramentas relacionadas com geração de apresentações profissionais, imagens incríveis ou até mesmo vídeos cinematográficos através de simples prompts.
Sugiro olharmos para algumas oportunidades que acredito que trazem verdadeiramente valor.
Começo por aquela que mais me entusiasma e que acredito que vai revolucionar o mercado da criação de conteúdo: produção de conteúdo multingue.
HeyGen é o nome da ferramenta que te ajuda a traduzir os teus vídeos para qualquer língua no mundo, com apenas 1 clique.
A tua voz mantém-se e os movimentos da tua boca são ajustados através de Lip Sync.
E isto vai mudar tudo, já que o alcance potencial dos teus vídeos passa a ser global. Só tens de gravar uma versão do teu conteúdo na tua língua nativa e a HeyGen trata do resto.
Lembra-te que apenas 3% da população mundial fala português. E mesmo que os vídeos da tua marca fossem em inglês, apenas 20% do mundo os iria compreender.
É revolucionário. Mas esta ferramenta de AI não fica por aqui! Podes inclusive criar o teu próprio avatar (para usares em vídeos futuros) ou até mesmo criar vídeos personalizados para a tua base de contactos de email.
Ainda no campo do vídeo, existem inúmeros outros use cases onde a inteligência artificial te vai ajudar (e muito):
A inteligência artificial também promete ajudar-nos numa das das tendências de marketing emergentes: áudio e podcasts.
E se eu te dissesse que já é possível criar um podcast com interlocutores gerados por inteligência artificial?
NotebookLM vai ser o teu novo melhor amigo. Só tens de criar um guião, adicionar um documento ou simplesmente colar um link de uma página do teu site, e em poucos minutos é gerada uma conversa entre dois AIs.
É verdadeiramente impressionante!
Para os que gostam de gravar os podcasts com a sua própria voz e só precisam de uma ferramenta que os ajude a tornar o processo de produção mais eficiente, a Descript é a que recomendo.
Remove pausas entre os locutores, bengalas de fala (filler words) ou até mesmo editar palavras que tenhas dito incorretamente.
No território da geração de imagens, o Leonardo AI, Midjourney e Ideogram são os reis.
Estas ferramentas permitem-te produzir imagens únicas, nunca antes vistas. São um verdadeiro substituto aos bancos de imagem, que tão caros saem a muitas empresas e agências.
Surpreende em apresentações, potencia o engagement em redes sociais ou idealiza conceitos de produtos novos com prompts de texto.
A tua criatividade é a única limitação do que estas ferramentas são capazes de gerar.
Há mais de 20 anos que a interface do maior motor de busca do mundo se tem mantido idêntica.
Mas isso está prestes a mudar!
A página de resultados do Google está a tornar-se obsoleta quando comparada com plataformas como ChatGPT, Gemini e outras similares.
Os utilizadores querem respostas rápidas e imediatas, uma nova realidade de pesquisa impulsionada pela democratização da inteligência artificial.
E eis que chega o Google SGE: a nova grande atualização no motor de busca da Google, que apresenta respostas geradas por inteligência artificial.
A página de resultados da Google vai receber um novo módulo de inteligência artificial: AI Overview (aka AI-Snapshot).
Este é um bloco de texto gerado automaticamente por inteligência artificial, com informação proveniente de diferentes websites. É apresentado acima dos tradicionais links que encontramos ao dia de hoje na SERP.
Eis as 3 maiores transformações previstas para o motor de busca da Google:
1. Interface
Os tradicionais 10 links apresentados na SERP vão perder a sua supremacia para este AI Overview – com respostas resumidas diretas, à semelhança do ChatGPT ou Gemini.
2. Linguagem Conversacional
As pessoas vão pesquisar da mesma forma como falam, pelo que as search queries serão cada vez mais humanizadas e long-tail.
3. Contexto
O algoritmo do motor de busca chega ainda mais inteligente, considerando o contexto pesquisas anteriormente realizadas. A personalização será ainda mais evidente.
Mas o Google SGE não é o único desafio que deve deixar os marketeers em alerta.
A chegada de inteligência artificial aos nossos telemóveis também vai potenciar a quantidade de pesquisas que ocorrem fora do próprio motor de busca.
Por exemplo, a integração de Gemini em smartphones como Samsung Galaxy e Google Pixel, ou até mesmo a chegada do ChatGPT a iPhones e Nothing Phones vai escalar ainda mais a necessidade de otimizar para AI Search.
As pessoas vão recorrer, ainda mais, a estas tecnologias para realizar pesquisas, como se de um motor de busca se tratasse. As marcas devem preparar-se para isto, com estratégias de otimização distintas das habituais técnicas de SEO.
E a aposta contínua em Circle-To-Search vai também obrigar as organizações a apostar ainda mais em otimizações de imagens. Os consumidores já não vão pesquisar apenas via texto mas também através de círculos que podem agora realizar no ecrã dos seus smartphones.
Quem me segue no LinkedIn ou acompanha regularmente os meus conteúdos noutras plataformas sabe que há muito que abordo este tema do Voice Search.
Esta é, possivelmente, uma das maiores transformações na jornada do cliente para a próxima década.
Estamos a aproximar-nos da era onde os teclados serão substituídos por comandos de voz e onde os assistentes virtuais ganharão um papel ativo nas escolhas dos consumidores.
E é esperada uma explosão no número de pesquisas por voz quando tecnologias como o ChatGPT ou Gemini incorporarem as tão conhecidas Google Assistant, Amazon Alexa e Apple Siri.
E porquê é que os marketers devem estar atentos a esta tendência de marketing digital?
Por uma razão muito simples: o voice search não vai transformar a forma como as pessoas pesquisam online, mas sim revolucionar!
E o grande desafio para as empresas prende-se com o facto de os resultados apresentados em pesquisas por voz serem totalmente diferentes das tradicionais pesquisas via texto.
São, normalmente, apresentados apenas entre 1-3 resultados ao utilizador (quase sempre provenientes de featured snippets).
Adicionalmente, o cliente deixa de ter controlo sobre os sites que lhe são apresentados, já que é o algoritmo do assistente virtual o responsável por selecionar o(s) website(s) que melhor respondem à questão colocada.
Em resumo, a principal transformação prende-se com o facto de a Google vir a deixar de ser um motor de busca para passar a assumir-se como um motor de respostas.
Tens curiosidade em saber mais sobre esta área do marketing digital?
Aprende a otimizar para assistentes virtuais no meu ebook “Voice Search Marketing: O Guia de Otimização para Pesquisas por Voz”.
Faz o download gratuito e recebe o ebook no teu email:
A automatização da geração de assets criativos também é uma das grandes tendências de marketing digital.
As maiores plataformas de publicidade como Google Ads, Meta Ads ou até mesmo TikTok Ads não param de aumentar o número de ferramentas nativas que permitem gerar criatividades através de inteligência artificial em poucos minutos.
Performance Max, por exemplo, é um dos formatos em Google Ads onde este tipo de soluções está a chegar mais rapidamente.
Soluções semelhantes também estão a caminho de anúncios feed e reels em Meta Ads.
E estudos realizados junto de anunciantes que já começaram a testar este tipo de soluções obtiveram resultados promissores – sobretudo em termos de eficiência. Metade dos participantes num teste beta poupou cerca de 5 horas semanais (o equivalente a 1 mês de trabalho num ano).
A chegada de AI à publicidade promete acrescentar ganhos às empresas e agências nos seguintes campos:
A par destas distribuidoras de anúncios que tão bem conhecemos, emerge uma ferramenta criativa brutal para a geração de assets criativos: AdCreativeAI.
Esta poderosa ferramenta de inteligência artificial vai mudar a vida dos publicitários. Em poucos minutos é possível gerar assets para diferentes formatos e aspect ratios, incluindo anúncios display e paid social.
Se a criatividade é o combustível do marketing digital, o AdCreativeAi é a turbina que vai permitir escalar brutalmente os teus assets criativos.
A sua ferramenta de AI utiliza como bússula a performance de milhões de anúncios associados à sua enorme base de dados.
E com base nos indicadores de desempenho destes milhões de campanhas publicitárias, o AdCreativeAi é capaz de sugerir insights e produzir assets para anúncios com alta probabilidade de conversão.
Anunciantes vão ter inevitavelmente que se adaptar a plataformas que cada vez mais automatizam o processo de geração de títulos e descrições e de produção dos mais diversos assets, para foco em otimização, testes e gestão orçamental.
As marcas devem, no entanto, utilizar estas ferramentas como impulsionadores da criatividade e não como substitutos deste processo como um todo. Fadiga de AI é uma realidade, pelo que o tom de voz da marca, estilo visual e outros elementos de branding devem continuar a ser uma prioridade.
Muitos olham para os últimos desenvolvimentos de modelos de inteligência artificial avançada com muita preocupação.
Max Tegmark, um dos maiores investigadores de machine learning, chega mesmo a fazer uma interessante analogia ao filme “Don´t Look Up”… mas ao invés de um enorme meteorito, a humanidade enfrenta o apocalipse da inteligência artificial.
Quando olhamos para o passado vemos que a revolução industrial substituiu muitos dos trabalhos que envolviam, essencialmente, força muscular por novos empregos focados no uso da capacidade cognitiva.
E o que assistimos, nos dias de hoje, é a uma revolução semelhante.
Só que desta vez chegou a vez dos nossos cérebros serem substituídos por máquinas capazes de resolver problemas cognitivos tão bem ou melhor que os humanos.
Embora não partilhe desta visão tão apocalíptica, a verdade é que o mundo laboral já está a mudar.
E é essencial que os profissionais das mais diferentes áreas (não só no marketing) comecem entender como é que as tecnologias de inteligência artificial disponíveis no mercado podem potenciar a sua performance.
Um estudo recente conduzido pela Accenture mostra que cerca de 40% das horas de trabalho em todas as indústrias será impactada por tecnologias como ChatGPT-4.
A boa notícia é que isto não quer necessariamente dizer que estes algoritmos vão substituir os humanos. Vão sim transformar e automatizar muitos dos processos do nosso dia a dia de trabalho, sobretudo no setor da banca, seguros e energia.
Outra investigação muito interessante divulgada pelo World Economic Forum identificou uma lista de novas profissões emergentes.
Não é um choque para ninguém que o topo deste ranking é liderado pelos especialistas em inteligência artificial e machine learning. É a profissão do futuro (*do presente).
Seguem-se os especialistas em áreas como sustentabilidade, business intelligence e data science.
É importante olhar para a inteligência artificial com entusiasmo. Mas não podemos ser ingénuos ao ponto de dizer que AI não vai mudar o mercado laboral. Pelo contrário.
No entanto, não partilho da visão tão radical de que até profissões como professor vão acabar.
Quando comecei a estudar marketing aquilo que me fez apaixonar por esta área não foram os livros do Kotler. Foram os professores que conseguiram transmitir os tais ensinamentos do Kotler de forma entusiasmante – e que me fizeram apaixonar por isto.
Este tipo de profissões vai sempre exigir um forte toque humano.
Existem, no entanto, outras profissões claramente em risco de serem impactadas de forma significativa. Não digo ao ponto de serem completamente substituídas por máquinas, mas que vão revolucionar a forma de trabalhar.
Copywritters, designers, programadores, contabilistas ou até mesmo SEOs… tudo isto são áreas cujos profissionais vão ter de estar muito atentos à evolução destas tecnologias e adotar uma mentalidade adaptativa para o que aí vem.
O futuro poderá ser um pouco mais preocupante quando chegarmos a uma realidade de superintelligence (ASI), onde as capacidades intelectuais das máquinas ultrapassarem largamente as do ser humano.
Na prática, a era onde as máquinas vão começar a ser capazes de fazer coisas giras como… escrever o seu próprio código.
Até lá cabe-nos adotar uma mentalidade de “Never Stop Learning”.
O segredo está em tentar perceber como é que as ferramentas de inteligência artificial emergentes nos podem ajudar a potenciar o nosso trabalho e, acima de tudo, trazer valor para os nossos clientes.
Simulação de inteligência humana em máquinas capazes aprender, pensar e dar resposta a problemas tão bem ou melhor como os humanos.
AI marketing corresponde à utilização de algoritmos de inteligência artificial nas estratégias de marketing das empresas.
A inteligência artificial no marketing potencia a personalização de campanhas, publicidade programática, recomendações inteligentes de produtos, automação de marketing, chatbots conversacionais e muito mais.
Conceptualmente o Marketing Quântico marca toda uma nova era do marketing.
O Quantum Marketing é potenciado pelo crescimento de tecnolgias de inteligência artificial, realidade aumentada, realidade virtual, metaverse, infinite data, Smart Speakers e outros temas que têm vindo a marca a agenda digital dos últimos anos.
Embora o ChatGPT não seja um motor de busca como o Google, a verdade é que esta plataforma fez soar os alarmes dentro da multinacional norte americana.
A resposta rápida da Google com o Bard e até da Microsoft com o Bing Chat reflete um novo paradigma: os motores de busca vão ser substituídos por motores de respostas.
É esperada uma revolução nos motores de busca, que passarão em breve a ter interfaces semelhantes ao que encontramos hoje em dia no ChatGPT.
Este é o meu top 5 de ferramentas de inteligência artificial:
1. Clerk.io
2. Algolia
3. Inbenta
4. Albert
5. Midjourney
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